Terreiro Vazio
Lembro me muito bem, ha cerca de uns 20 anos atrás, era uma segunda feira, manha ensolarada... o meu primeiro dia de ferias.
Apos o café da manha, resolvi dar um passeio a pe com os dois pimpolhos, Paulinho e Isaurinha, para melhor conhecer as ruas do meu bairro, ja que nunca havia percorrido a nao ser sempre apressado e de carro para ir ao trabalho.
O trajeto que havia escolhido, era o oposto daquele que eu fazia costumeiramente e la ia eu caminhando distraidamente com os dois espoletos a tagarelar continuamente...assim quando dobrei o terceiro quarteirão da minha rua, deparei com uma feira livre.
Era gente daqui e dali...feirantes gritando e berrando, disputando por melhores preços , querendo vender e vender. Era o peixeiro, o camelo, feirante atraindo os fregueses com mercadorias em promoção, negociando muito ávidos e espertos, enfim, era um turbilhoa de ruídos, empurroes, gente gritando, reclamando...tipico de um lugar onde tudo e barulho e confusão.
Eis que em dado momento, deparei-me com um vendedor de galinhas, coisa essa um tanto curiosa numa cidade como a nossa, ver galinhas aprisionadas em caixotes e engradados.
As crianças, extremamente curiosas rapidamente se aproximam e começam a brincar com as galinhas. Aproximei-me também do comerciante afim de constatar esse fato curioso. Porem ao lado dos coixotes, o Paulinho levanta uma caixinha com três pintinhos e a Isaurinha exclama; Eles sao meus!!! Ai começa a folia com os futuros galos cantantes... Folia essa que levei para minha casa e tive que suportar por um longo e muito longo tempo.
Final da estória, esses pintinhos cresceram, tornaram-se galos adultos e viveram no fundo do meu quintal durante 10 anos ate morrerem de velhice em constantes brigas intermináveis, com muito canto todas as manhas ao nascer do sol.
Ha! Como tenho saudades...
Lzeminian.
Que bonita lembrança. E a pintura divide conosco um pouco dessa vivência que se torna atemporal.
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